Chupeta: Prós e Contras de uma Perspectiva Pediátrica.
Ah, a chupeta! Esse é um dos temas que mais geram dúvidas e debates no consultório e nos lares. Como pediatra e mãe, entendo perfeitamente o dilema: de um lado, a promessa de um bebê mais calmo; do outro, os receios sobre os possíveis prejuízos.


Ah, a chupeta! Esse é um dos temas que mais geram dúvidas e debates no consultório e nos lares. Como pediatra e mãe, entendo perfeitamente o dilema: de um lado, a promessa de um bebê mais calmo; do outro, os receios sobre os possíveis prejuízos.
A verdade é que não existe uma resposta única de "certo" ou "errado". O mais importante é ter informação de qualidade para tomar uma decisão consciente. Vamos organizar os pontos principais:
Chupeta: Prós e Contras de uma Perspectiva Pediátrica
Quando oferecer? A Regra de Ouro
O ideal é esperar a amamentação estar bem estabelecida, o que geralmente acontece por volta do primeiro mês de vida do bebê. Oferecer a chupeta antes disso pode causar a chamada "confusão de bicos", pois a forma de sugar o peito e a chupeta são diferentes. Isso pode levar a uma pega incorreta no seio, fissuras para a mãe e até ao desmame precoce. Prioridade total à amamentação!
Os Possíveis Benefícios (O Lado que Acalma)
Efeito Calmante: A sucção não nutritiva (sugar sem se alimentar) tem um potente efeito calmante para os bebês, ajudando em momentos de cólica, irritação ou na hora de dormir.
Redução do Risco de Morte Súbita: Alguns estudos importantes associam o uso da chupeta durante o sono a um menor risco da Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL).
Os Pontos de Atenção (Os Riscos)
Prejuízo à Amamentação: Como já mencionei, é o principal risco no início da vida. Um bebê que usa chupeta pode diminuir a frequência e a intensidade das mamadas, o que impacta a produção de leite da mãe.
Aumento do Risco de Otites: O movimento de sucção constante pode alterar a pressão no ouvido médio, facilitando o acúmulo de secreções e o surgimento de infecções de ouvido (otites).
Alterações Odontológicas e da Fala: O uso prolongado, especialmente após os 2 anos de idade, pode causar problemas na arcada dentária (mordida aberta, mordida cruzada), na posição da língua e, consequentemente, no desenvolvimento da fala.
Risco de Infecções: Chupetas que não são devidamente higienizadas podem se tornar uma fonte de germes, como fungos ("sapinho") e bactérias.
Decidiu usar? Dicas para um Uso Consciente
Se, após pesar os prós e contras, você optar por oferecer a chupeta, aqui vão algumas orientações:
Espere o momento certo: Apenas após a amamentação estar consolidada.
Uso limitado: Ofereça a chupeta para acalmar ou para adormecer. Assim que o bebê dormir, retire-a com cuidado. Não deixe a chupeta disponível o tempo todo.
Higiene sempre: Ferva a chupeta regularmente (até os 6 meses) e depois lave bem com água e sabão. Troque o modelo a cada 1 ou 2 meses.
Escolha o modelo certo: Prefira as chupetas ortodônticas, com bico de silicone e adequadas para a faixa etária do seu bebê.
Segurança em primeiro lugar: Jamais use cordinhas ou fraldas para prender a chupeta na roupa do bebê, pelo risco de sufocamento.
A Hora de Dar Tchau: Como e Quando?
O ideal é que a retirada seja gradual e respeitosa, começando a limitar o uso por volta de 1 ano de idade. A Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda que a criança não use mais chupeta aos 3 anos.
Combine com a criança: A partir de certa idade, converse e crie histórias, como a "Fada da Chupeta".
Reduza o uso aos poucos: Limite o uso apenas para dormir ou para momentos de muito estresse.
Ofereça alternativas: Um abraço, uma canção ou um objeto de transição (como um paninho ou bichinho) podem trazer o mesmo conforto.
Cada criança é única. O mais importante é que a sua decisão seja baseada em conhecimento e no bem-estar do seu filho.
Tem mais alguma dúvida sobre este assunto? Vamos conversar na próxima consulta. Estou aqui para ajudar sua família a encontrar o melhor caminho!
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